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/ @oespiritualista2022
VEREADORA MARIELLE FRANCO VOLTA EM CARTA PSICOGRAFADA CHOCANTE E DIZ QUEM FOI SEU ALGOZ
Marielle Francisco da Silva (1979-2018), conhecida publicamente como Marielle Franco, foi uma política brasileira.
Formada em Sociologia (pela PUC-Rio) e com Mestrado em Administração Pública (pela UFF), Marielle foi eleita Vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) no ano de 2016.
Negra, mulher, feminista, pobre, criada na favela e gay, Marielle representou uma série de minorias ao longo da sua vida política. A socióloga presidiu a Comissão da Mulher da Câmara, foi defensora dos direitos humanos e das causas LGBTI.
Vida Pessoal
Marielle era filha de Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva Neto e tinha como irmã Anielle Franco. A família vivia na Complexo da Maré, região pobre situada no Rio de Janeiro.
Aos 19 anos, Marielle deu à luz a sua única filha, Luyara Franco, fruto de uma relação com o seu primeiro namorado.
Marielle foi companheira da arquiteta Mônica Benício, com quem se relacionava desde 2004.
Formação
Marielle Franco ingressou em 2002 no curso de graduação em Ciências Sociais da PUC-Rio com uma bolsa integral fornecida pelo Programa Universidade para Todos (Prouni).
Antes de ter entrado na faculdade, ela havia sido aluna do Pré-Vestibular Comunitário da Maré.
Após a graduação, Marielle ingressou no mestrado de Administração Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF). A sua dissertação, defendida em 2014, focava na atuação das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) e tecia uma análise da política de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Vida Profissional
Marielle foi vendedora ambulante, dançarina, empregada doméstica e educadora infantil até reunir dinheiro para pagar os próprios estudos.
Após a morte de uma amiga próxima, vítima de bala perdida, Marielle resolveu se dedicar à militância pelos direitos humanos. A socióloga trabalhou na Redes da Maré e criticou duramente os abusos de poder das forças policiais.
Em 2006, Marielle acabou por integrar a equipe da Comunidade da Maré que fez campanha para o deputado Marcelo Freixo, político carioca considerado o padrinho político de Marielle.
Marielle se elegeu em 2016 para a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro pelo partido PSOL com 46.502 votos. Ela foi a quinta vereadora mais bem votada da cidade.
Durante o mandato, a socióloga presidiu a Comissão da Mulher da Câmara.
Defensora dos direitos humanos, coordenou, junto com Marcelo Freixo, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Marielle apresentou na Câmara o projeto do Dia da Visibilidade Lésbica, que não foi aprovado por apenas dois votos.
Ao longo do período em que atuou como vereadora apresentou 16 projetos de lei, especialmente pensados em políticas públicas para negros, mulheres e LGBTI.
O assassinato
No dia 14 de março de 2018, uma quarta-feira, o carro onde estava Marielle foi atingido por 13 tiros que tiraram a vida dela e do motorista Anderson Pedro Gomes. Na ocasião Marielle tinha 38 anos e o motorista 39 anos.
O crime aconteceu durante à noite, por volta das 21h30, na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, região central do Rio de Janeiro. No carro estava a vereadora, a assessora parlamentar Fernanda Chavez e o motorista Anderson Pedro Gomes.
Eles voltavam de um evento realizado na Casa das Pretas, um espaço coletivo de mulheres negras situado na Lapa, quando foram subitamente alvejados.
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